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sábado, 24 de junho de 2017
Estrutura social dos ratos
Ratos vivem naturalmente em grupos sociais complexos, compostos de uma hierarquia definida, onde cada rato conhece seu lugar. Um rato seguro na sua hierarquia é geralmente um rato feliz. Os problemas geralmente acontecem quando a estrutura social muda por algum motivo, seja pela introdução de novos ratos, por doença, mudança no ambiente, ou ainda, um aumento nos hormônios que pode levar um dos ratos a querer mudar seu status. Compreender a posição de seus ratos no grupo pode ajudá-lo a entender mais sobre o comportamento e entender melhor algumas das interações vistas. A hierarquia é muito mais fácil de observar em grupos maiores, superiores a 4 ratos, geralmente dando uma imagem muito mais rica da interação social. Os termos Alfa, Beta e Zeta são frequentemente usados na pesquisa científica.
O Rato Alfa
Esta é a posição mais importante na colônia: o rato Alfa geralmente tem a maior influência na vida diária do grupo. Ele é o rato dominante, muitas vezes também o mais forte e confiante. Isto é, em parte, devido à sua capacidade de ganhar nas lutas - mas em grupos de machos também deve-se levar em conta que o alfa pode inibir o crescimento dos demais ratos. Ocasionalmente, um rato pequeno com atitude suficiente pode se tornar alfa de uma colônia, mais por preguiça e pela falta de movimentação dos outros do que qualquer outro motivo. Um bom alfa é uma benção na gaiola... muitas vezes eles também são difíceis de detectar. Um bom alfa não vai lutar com seus subordinados, embora ele possa intervir para resolver as disputas e geralmente ganhará a maioria das batalhas de que participa. Geralmente, ele controla gentilmente e de longe, agindo como um rato normal. Mesmo na presença de mudanças súbitas na hierarquia, como a adição de um novo rato, o bom alpha normalmente se mantém tranquilo, com apenas o mínimo de dominância necessária, desde que o novato se submeta.
Um alfa fraco é aquele que abusa de sua posição: passará a maior parte do tempo importunando seus subordinados, e pode tornar-se territorial com outros ratos e humanos. Isso pode variar de um comportamento agressivo direto ao bullying persistente de um ou dois ratos na gaiola. Muitas vezes, é desencadeado por um excesso de hormônios (mais comum em machos do que em fêmeas) e muitas vezes é resolvido com castração do agressor. Uma gaiola que contém um alfa ruim raramente é tranquila, com os subordinados travando mais brigas enquanto o grupo inteiro fica acuado. Muitas vezes, a única maneira de resolver isso é mudar o equilíbrio de poder, embora às vezes, quando a causa é um aumento de testosterona, ele possa voltar ao normal ao longo do tempo. Pode ser muito difícil introduzir novos ratos em um grupo liderado por um alfa ruim. Um rato deste tipo também pode se beneficiar de um tratamento mais dominante pelo proprietário, pois isso o ajuda a relaxar e não se importar tanto em algumas situações.
O rato alfa pode sofrer por estresse ambiental de forma mais profunda do que outros ratos. Talvez você note que o seu alfa mostra mudanças comportamentais, até mesmo decaindo na saúde geral após uma interrupção significativa no seu mundo. Isto deve-se a uma maior responsabilidade que eles sentem em proteger e manter a estabilidade na colônia. Em tempos de mudança e agitação, observe primeiro o seu alfa para julgar o grupo como um todo.
O Rato Beta
Um beta é tipicamente o número 2, ou vários ratos no grupo que são dominantes, mas submissos ao alfa. Para observar completamente o comportamento beta, você precisa de um grupo de, no mínimo, 3 com a combinação certa de indivíduos. Isso pode levar à presença de mais de um beta na gaiola e adiciona uma dimensão extra à política da colônia. Dentro do grupo beta haverá uma hierarquia estruturada, com o beta superior atuando como o número 2 do alfa. Muitas vezes, o beta é o mais dominante na gaiola, de modo que muitas vezes pode ser confundido com o alfa. O beta é aquele que muitas vezes assumirá o controle se algo tirar o alfa da jogada. Em um grupo com um alfa sólido, a principal fonte de problemas pode vir de um jovem beta aspirando “Alfatude”. Os beta também são os mais propensos a se ofender com a chegada de novatos, sentindo necessidade de estabelecer uma posição mais forte do que um alfa que sabe que manda e tem pouco problema em se impor.
O Rato Zeta
Estes ratos são geralmente os que estão na base da pirâmide, ou ainda, muitas vezes são marginalizados, até certo ponto. Na natureza, esses ratos são frequentemente isolados e parecem desistir e morrer sem causa aparente. Em colônias de ratos pet, no entanto, muito raramente vemos este comportamento. Geralmente, o que se vê é um rato que evita ativamente certos ratos no grupo, principalmente os alfa e beta. Ele passa algum tempo com outros ratos, mas, caso apareça um dos ratos mais dominantes, especialmente aquele que escolheu intimidá-lo, ele sairá para dormir em outro lugar. Ele também pode ser vítima de bullying, sendo perseguido e excluído por um indivíduo ou grupo de ratos dominantes. Esta posição geralmente pode ser ocupada por ratos que não entendem os sinais sociais do grupo, por isso falham na comunicação. Ele pode ter sido um rato solitário no passado ou criado em um pequeno grupo, com pouca interação da mãe. Este status também pode ser ocupado por ratos que simplesmente não entendem a sua posição no grupo, muitas vezes jovens "adolescentes" ou que têm a atitude, mas não a robustez necessária para se impor na força. A recusa em dar os “sinais certos” de submissão para os ratos dominantes pode gerar um problema ainda maior que qualquer agressão do rato dominante. Em alguns casos, o rato Zeta está nesta posição por nenhum outro motivo senão o de ter sido escolhido como alvo de bullying ou algo que o valha. Isso significaria resolver o problema no rato agressor. Transferir o rato zeta para outro grupo também pode ajudar, se isto for uma possibilidade, já que ele pode florescer em um ambiente diferente.
Nem sempre há um rato zeta na colônia, especialmente em grupos estabelecidos. No entanto, quando existe um, eles geralmente não conseguem prosperar e parecem ser mais suscetíveis a infecções. Mesmo porque, com maior disponibilidade de comida e pela interação humana, ele dificilmente vai desistir como sua contrapartida selvagem. Se ele for magro, com dificuldade de comer ou beber, vale a pena aumentar o número de bebedouros ou espalhar comida nos andares da gaiola (se isto já não é feito). Para fazer isso, você deve tentar identificar o que causa o comportamento: o rato zeta mostra comportamento submisso? Ele simplesmente evita todo o confronto e corre? Se isso acontece, vale a pena considerar a castração do rato zeta.
fonte: http://www.isamurats.co.uk/rats-interacting-with-other-rats.html
Publicado originalmente no Facebook em 21 de Junho de 2017