quinta-feira, 17 de maio de 2018

Quem tem medo de transgênicos?


Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), um organismo geneticamente modificado (OGM) consiste em “organismo cujo material genético foi modificado de modo que não ocorre naturalmente, e.g. pela introdução do gene de organismo de outra espécie (trasngenia)”. A maioria das culturas OGMs é modificada para melhorar a produtividade, a resistência a doenças que acometem as culturas ou para aumentar a tolerância a herbicidas. Está em desenvolvimento o potencial de modificação genética com o objetivo de enriquecer o conteúdo nutricional do alimento, bem como remover componentes causadores de alergia e melhorar a eficiência dos sistemas de plantio e produção de alimentos.
Todos os alimentos OGM são processados e testados quanto ao potencial de risco, o site da OMS fornece um tutorial de análise dos riscos oferecidos. Foi desenvolvido pela OMS em conjunto com a FAO (Food and Agricultural Organization – Organização de Alimento e Agricultura dos EUA) um tutorial com os princípios envolvidos na avaliação do risco oferecido por alimentos produzidos a partir do uso da biotecnologia moderna. Segundo este tutorial, para muitos dos alimentos consumidos atualmente, existe um conceito de segurança que deriva da história por trás de cada alimento, ou seja, há quanto tempo este alimento está sendo consumido e qual seu histórico de segurança? Quando falamos em segurança alimentar, mais do que o que a ciência nos fornece de informações, dependemos do conhecimento derivado de gerações anteriores para confiarmos que podemos comer ou não certos alimentos. Consideramos que alimentos são geralmente considerados seguros se foram estocados de maneira correta e se foram tomados todos cuidados necessários durante seu desenvolvimento. Há muito utiliza-se destes princípios de segurança alimentar com relação ao uso de químicos para proteger as culturas da ameaça de patógenos, porém com o rápido desenvolvimento da biotecnologia no campo alimentício, foi necessária a criação de princípios para garantir a segurança também de alimentos derivados destas tecnologias. Quando falamos em “biotecnologia moderna” voltamos ao conceito de OGMs e incluímos técnicas que ultrapassem a fisiologia reprodutiva natural e que não sejam técnicas já utilizadas em melhoramento através de cruzamentos.
O primeiro passo é uma avaliação de segurança idealizada para identificar se quaisquer perigos (seja nutricional ou outro) podem estar presentes e, se presentes, é feita a coleta de informações com relação a natureza e severidade dos mesmos. Essa primeira avaliação inclui a comparação com a segurança de um alimento derivado de biotecnologia moderna com alimentos derivados da produção convencional. Quaisquer diferenças serão isoladas para maior pesquisa com relação ao risco à saúde humana.
A coleta de dados e informações deve ser fiel ao método científico e obtida através da análise estatística de qualidade e apropriada para cada item da avaliação. A avaliação é obtida através de diferentes fontes, como o desenvolvedor do produto, da literatura científica, de informações técnicas, cientistas independentes que testam o produto, agências regulatórias, além de outras partes interessadas. Esta avaliação também deverá levar em conta todas as publicações científicas mais atuais sobre o caso e todas as informações provenientes de diferentes métodos de teste.
Referências:
Essa tecnologia surgiu no começo dos anos 1940 quando cientistas descobriram que o material genético podia ser transferido entre espécies diferentes. Desde então, o conhecimento sobre essas técnicas tem sido desenvolvido e propagado entre laboratórios do mundo inteiro a fim de melhor entender os processos e possíveis consequências. Com a descoberta de Watson e Crick sobre a dupla hélice de DNA em 1954, com Marshall Nirenberg decifrando o código genético em 1963 e com aprimoramento da tecnologia de recombinação por Cohen e colaboradores em 1973, que demonstrou que moléculas de DNA modificadas geneticamente podiam ser transferidas entre células; todas etapas cruciais para chegarmos nas tecnologias e conhecimento que temos hoje em dia. Não esquecendo da contribuição de Charles Darwin que nos trouxe as noções de seleção e variação em populações.
As primeiras plantas modificadas – tabaco e petúnias resistentes a antibióticos – foram produzidas por três grupos de pesquisa independentes em 1983. Na China, cientistas começaram a comercializar tabacomodificado no começo de 1990; em 1994, o mercado estadunidense passou a comercializar a primeira espécie de tomate modificada para amadurecimento tardio aprovada pelo FDA (Food and Drug Administration). Desde então, muitas culturas receberam o selo de aprovação do FDA, incluindo a “canola” com composição de óleo modificada, além do algodão e soja resistentes a herbicidas. Atualmente, muitos são os vegetais OGM disponíveis nos mercados, entre eles milho, batata, berinjela, morango, cenoura, e existem muitos ainda com aprovação pendente.
Estamos citando conceitos e falando sobre a segurança de OGMs, mas... qual o motivo de ter surgido a necessidade do desenvolvimento dessas tecnologias? Precisamos entender o que levou a ciência a ser guiada por esse caminho. Existem três grandes desafios que nos motivam a recorrer à essas novas tecnologias. Em primeiro lugar, a grande e rápida expansão populacional e a noção de que todas as 7,35 bilhões de pessoas (estimativa de 2015 feita pelas Nações Unidas no Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais/Divisão de Populações) que vivem no mundo atualmente precisam se alimentar. Naturalmente, a melhor solução é aumentar a produtividade das culturas mundiais em solo já utilizado para plantio sem que haja a necessidade de aumentar a área plantada. A taxa de aumento anual na produtividade ainda é 1,7% enquanto que o aumento ideal seria 2,4% ao ano para suprir a demanda de crescimento populacional. Utopicamente, gostaríamos que o cultivo orgânico pudesse crescer significativamente para acompanhar a demanda mundial, porém sabemos que isso é inviável visto que não existem maneiras naturais efetivas de combater pragas e melhorar a produtividade das plantas para que produzam mais e melhor. Desse modo, a ciência e tecnologia nos oferecem a possibilidade de otimizar organismos que tenham melhor desempenho. Em segundo lugar, existe apenas uma porção finita de terra arável disponível para a produção de alimentos e a FAO prevê a diminuição de 0,242 hectares para 0,18 hectare por pessoa até 2050. Esse problema acresce ao problema comentado anteriormente. Nos resta apenas aumentar a produtividade na área já plantada trabalhando com auxílios como fertilizantes, água, controle de pestes e plantas daninhas, e melhoramento genético. Sabemos do risco oferecido pela necessidade atual do uso de agrotóxicos. A utilização de alimentos OGMs pode vir com o objetivo de diminuir a utilização desses defensivos químicos nos oferecendo a possibilidade de adicionar resistência internamente ao vegetal. Finalmente, o terceiro agravante, a reprodução convencional depende de cruzamentos de uma linhagem parental com outra na esperança de que a prole expresse as características desejadas (resistência a doenças ou maior produtividade, por exemplo). Para selecionar as características desejáveis e diluir irrelevantes, o produtor precisa escolher os melhores descendentes e iniciar o processo de “back-cross” (cruzar o melhor descendente com os progenitores) inúmeras vezes para fixar a característica na população. Esse processo pode levar anos dependendo do tempo de geração de cada espécie, para trigo pode levar de 10-15 anos, por exemplo. Além disso, esse processo também limita (e diminui) a variabilidade genética da população. E esse, inclusive, é um problema com o qual estamos precisando lidar (diminuição da variabilidade genética) devido aos cruzamentos promovidos no passado, foi na tentativa de produzir melhores culturas que perdemos características importantes pertencentes às linhagens selvagens. Levando tudo isso em consideração, o surgimento de tecnologias biológicas e o desenvolvimento de OGMs vêm como promessa de redução no tempo de produção de novas linhagens. Os benefícios são muitos, um exemplo é que os OGMs são responsáveis por 52 milhões de toneladas de alimentos produzidos nos EUA entre 1996 e 2012. Além do desenvolvimento de alimentos enriquecidos nutricionalmente através da modificação genética, o que nos remete ao combate à fome mundial, especialmente em países sub-desenvolvidos.
A informação é a melhor arma contra a ignorância.
Leituras sobre a segurança de alimentos transgênicos:
Geral:

sábado, 28 de abril de 2018

Treinamentos e Brincadeiras


>> Treinamento e Brincadeiras
Ratos precisam e adoram a interação e o tempo que passam com você. A inteligência deles é superior à da maioria dos outros roedores, o que faz com que o treinamento se torne também brincadeira. Garanta-se de que essas atividades serão, não só divertidas, mas também seguras para o seu ratinho.
Quando seu rato estiver fora da gaiola, primeiro prepare a área pra que seja seguro ao animal. Não os envolva em atividades que possam assustá-lo, pois você poderá perder a confiança dele e ele poderá mordê-lo se assustado. Antes de retirá-los da gaiola, tenha certeza de que outros animais que podem machucá-los estão longe e/ou presos.
Garanta-se que seu rato está confortável e tranquilo. É melhor primeiramente conhecer seu animal de estimação pra que o processo de ganhar a confiança dele seja seguro.

> Confiança em Primeiro Lugar
Antes do treinamento ou da brincadeira, vem a confiança. Se você tem seus ratos como companheiros, então é provável que esta conexão esteja bem estabelecida entre vocês.
Com um rato novo, você deve partir da estaca zero. Aqui discutiremos o treinamento de confiança com um rato assustado. Ratos que demonstrem agressividade necessitam ser manejados de modo diferente e serão discutidos em outro artigo sobre comportamento.
Primeiramente, deixe que o animal se acostuma com o ambiente e a gaiola. Certifique-se de que a gaiola possui uma abertura grande suficiente na qual você possa inserir as duas mãos, caso precise. Depois que ele parecer acostumado com o local, aproxime-se com petiscos. Lembre-se de manter seus dedos em segurança ao tratar com um rato novo. Uma dica é colocar comida numa colher pra que seus dedos estejam protegidos, mas também pra que ele permaneça onde está enquanto estiver comendo, ao invés de correr e esconder-se pra comer. Colocar o braço dentro da gaiola também pode ajudar o rato a se acostumar com você, frequentemente isso incitará a curiosidade dele pra que ele venha cheirar seu braço.
Conforme seu rato começar a ficar mais confortável, tente pegá-lo gentilmente e segurá-lo. Use ambas as mãos para pegá-lo. Jamais segure-o pelo rabo, pois isso o assusta e pode causar ferimentos sérios. Segure-o de modo que ele se sinta seguro e confortável. Note que se o rabo dele começar a balançar demais, isso significa que ele está freneticamente tentando recuperar o equilíbrio. Certifique-se de que você está segurando as pernas de trás para que ele não se sinta desequilibrado. Se ele estiver agitado demais, devolva-o para a gaiola e tente novamente mais tarde.
Você poderá perceber que alguns ratos são mais responsivos em certos momentos do dia. Ratos podem ter seus próprios horários, mesmo que muitas vezes eles se ajustarão aos seus. Fale de maneira carinhosa com ele, demonstre que eles não devem temer você e que você é o provedor de petiscos.
Uma vez que ele estiver tranquilo em ser segurado, invista tempo com ele deixando-o andar no seu ombro ou simplesmente passando tempo com você enquanto você relaxa, e aí você poderá começar brincadeiras e treinamentos.

>> Treinamento
Ratos aprendem com muita rapidez. Reforçando positivamente bons comportamentos através de petiscos e carinho assegurará que seu rato vai gostar de aprender. O estímulo mental que os treinamentos fornecem vai aumentar a inteligência natural do seu rato.
Quando você está ensinando um truque para o seu rato, como por exemplo vir até você ao ouvir o nome dele, repita a palavra enquanto está segurando o petisco. Quando ele vier até você, dê o petisco, reforce o agrado verbalmente e/ou faça carinho nele. Um dos treinamentos mais úteis é ensiná-lo a usar o banheirinho.
Algo a se lembrar quando estiver treinando seu rato é que a personalidade de cada animal determinará em quais truques ele será melhor. Fêmeas ativas frequentemente se dão melhor em truques que requerem agilidade e velocidade. Alguns ratos são mais espertos que outros, portanto, devemos guiar o treinamento para atividades nas quais eles parecem se dar melhor.
Certifique-se de que não tenham muitas distrações durante o treinamento. Manter a área de treinamento consistente ajudará a conter o instinto natural do rato em explorar. Não tente treinar machos onde fêmeas estiveram recentemente, e vice-versa. O cheiro distrairá o animal e a sessão de treinamento será inútil.
Mantenha as sessões curtas - entre 10 e 15 minutos diários. Não puna seu rato se ele não demonstrar aprendizado.

Componentes-chave para Treinamento
- Confiança
- Reforço positivo de comportamento
- Consistência
- Repetição
- Paciência

Atividades de Treinamento
- Atender quando chamar o nome
- Aprender a palavra "não"
- Corrida em labirinto
- Caminhar sobre corda ou escalar
- Buscar objetos
- Firmar-se nas pernas de trás
- Andar de coleira
- Treinamento com bolinha
- Treinamento com obstáculos
- Treinamento com "clicker"
- Treinamento do banheirinho

Hora da Brincadeira
Existe uma grande chance de o termo "hora da brincadeira" foi criado por ratos. Eles amam brincar, tanto dentro quanto fora da gaiola. Desde quando são muito pequenos até quando envelhecem, muitos ratos ainda adoram brincar uns com outros e com os donos.
Note: não permita que fêmeas e machos brinquem juntos após 5 semanas de idade. Ratos podem reproduzir desde muito novos. Também podem acasalar mais rápido do que você consegue piscar, então não pense que eles podem brincar juntos só porque você os está observando ou que o acasalamento não vai acontecer com ratos de idade mais avançada.

Brincadeiras - Bebês
Filhotes podem começar a brincar uns com os outros logo após seus olhos abrirem, mais ou menos com duas semanas de vida. Um bom criador deve brincar com eles não só enquanto são filhotes, mas diariamente.
Com essa idade, a maioria das brincadeiras consistirá de correr uns atrás dos outros e brincar de lutinhas. Pra fazer parte dessas brincadeiras, coloque sua mão dentro da gaiola e imite-os como se fosse outro rato. Desse modo, você poderá persegui-los e brincar de lutinha dentro do ambiente deles. Usar instruções verbais enquanto brincam vai fazê-los ficar ainda mais contentes, além de facilitar futuramente pra que eles saibam quando é hora de brincar.
Quando estiver brincando com os bebês na gaiola, certifique-se de ter atenção redobrada com a mãe dos filhotes. Elas nem sempre reagirão da mesma maneira com a intrusão de uma mão dentro da área onde ela está com os filhotes. Algumas mamães não dão atenção à isso, algumas vão até entrar na brincadeira, porém algumas podem se tornar agressivas.
Garanta que os filhotes terão vários brinquedos na gaiola, inclusive cordas e túneis. A brincadeira com os filhotes também deve ocorrer fora da gaiola sob supervisão, pois filhotes se movem rapidamente e precisam de muita atenção.

Brincadeiras - Adolescentes e Adultos
Mesmo após o desmame, ratos jovens continuam a gostar de brincar de lutinha com você dentro e fora da gaiola. Durante esse estágio do desenvolvimento deles, eles vão precisar de mais tempo de brincadeiras fora da gaiola. Tente encontrar um horário diariamente pra dedicar ao seu rato em áreas que ele pode explorar com segurança. Certifique-se de que a gaiola possui vários brinquedos, especialmente se você não dispõe de tanto tempo assim pra passar com eles. Algumas sugestões incluem uma roda de exercícios segura para ratos, rampas, tubos e brinquedos com petiscos dentro.
Outra maneira de presentear seus ratos com atividades divertidas é colocando caixas dentro da gaiola.
Jogos interativos também são divertidos. Um bom exemplo é cortar papéis em

tiras e dar a eles pedaço por pedaço enquanto estão na gaiola. Seus ratos vão disputar pelos pedaços de papel, guardá-los e voltarão pra pegar mais. Se você tem um grupo de ratos que gostarem dessa brincadeira, você pode desenvolver um jeito em que um vai passando pro outro o papel, como trabalho em equipe. Se você não tem tempo de ficar dando papel a eles por uma hora, você pode colocar dentro da gaiola uma caixa de lenços de papel sem cheiro e deixar que eles façam a brincadeira. Use sua imaginação pra desenvolver atividades divertidas pra você e pra eles.

Brincadeiras - Idosos
Conforme eles vão envelhecendo, é inevitável que brinquem menos, especialmente machos. Fêmeas num geral possuem mais energia durante a vida. Continue a brincar com eles de acordo com o que lhe parece confortável a eles. Eles demonstrarão quando não estão interessados. Frequentemente, ratos mais velhos vão preferir brincadeiras mais relaxantes como deitar com você fora da gaiola e ter você fazendo carinho neles. Por mais divertidos que ratos jovens podem ser, nada se compara ao companheirismo de um rato mais velho.
Fonte principal: http://ratguide.com/care/behavior/training_playtime.php

quarta-feira, 4 de abril de 2018

Dicas sobre vets e custos com saúde







Então você quer ter ratos? São fofos, interativos, exóticos... e não tem um custo muito alto de manutenção. SÃO PERFEITOS! Mas você já considerou os custos com a saúde deles?
Buscar um vet especialista em exóticos faz parte de se preparar para ter ratos como pet, assim como encontrar uma gaiola e estudar o básico sobre cuidados.

Uma visita ao veterinário, logo de início, pode ajudar a confirmar que está tudo ok com eles, te informar quanto à vermifugação, além de outros cuidados periódicos. Esta visita também é legal para conhecer melhor quem vai te socorrer numa emergência. Mantenha o contato (melhor ainda seriam dois, pra caso um não esteja disponível quando precisar) bem à mão.
Prepare-se para a consulta: leia sobre comportamento, sobre cuidados básicos, sobre dieta e alojamento. Mesmo um veterinário especialista em exóticos não tem como saber absolutamente tudo sobre todas as espécies que a palavra "exóticos" abraça. A parte clínica e cirúrgica, mesmo quando parece simples, exige muito tempo de estudo e estrutura profissional. Além disso, a informação atualizada que você trouxer para a consulta torna o trabalho do veterinário muito mais completo!

Por falar em informação atualizada, caso quem te atenda consulte a internet ou colegas durante a consulta, em geral, isto é um ótimo sinal. Existem fontes atuais e confiáveis, disponíveis também online, para quem sabe onde buscar. Além disso, as redes sociais servem para muito mais do que postar selfies maneiras... A troca de experiência imediata que os grupos virtuais permitem é formidável!
Agora é pra valer!
Uma bolinha por baixo da pele, espirros que não param, uma briga mais séria, um acidente em casa... que , ironicamente, parecem acontecer durante a madrugada ou num fim de semana, um feriado...
Quanto menos você esperar numa situação de emergência, melhor. Vá preparado com as informações sobre o que aconteceu, quando começou o problema e o que já foi feito até o momento. E faça o valor da consulta render: revise, com o veterinário, as instruções de como dar os medicamentos (quando forem necessários), por exemplo, e tente lembrar de outras dúvidas que o vet possa te esclarecer. Mantenha o contato dele/dela por perto, principalmente se for um caso mais sério.

Agora vou tocar num ponto que "dói" (tanto para o tutor quanto para o veterinário): se você decidiu que quer um animal de companhia, é SUA RESPONSABILIDADE prever que, em algum momento, ele vai precisar de atendimento veterinário. Isto tem um custo! Isto vale para qualquer espécie de animal, mas é especialmente crítico para aqueles que não custaram muito dinheiro ou foram adotados...
Tenha uma reserva para arcar com os custos de saúde: consulta, procedimentos e, PRINCIPALMENTE, para exames, que muitas vezes são essenciais pra determinar qual a melhor atitude a tomar. Por mais que todos os clínicos que conheço queiram, nenhum consegue saber sempre a forma ótima de proceder somente pelo exame físico... Ou pior, pelo whatsapp!!!

Alguns sinais clínicos são muito claros e se repetem, mas muitas vezes mesmo, um paciente morre porque o tutor não pode ou já não quer gastar mais com exames que poderiam ajudar a decidir um tratamento melhor. Aí a responsabilidade parece ser toda do veterinário...
Mas para alguém que tem como profissão promover e manter a saúde e bem estar de animais, é muito sofrido saber que podia ter indicado um tratamento mais específico se tivesse mais informação. É por isso que exames complementares são importantes. Veterinários não são adivinhos... trabalham com o que coletam de informação dos pacientes, tutores e resultados de exames.
Eu faço parte dos dois grupos: sou veterinária e cuido de alguns ratos, gatas, peixe idoso... portanto, vejo os dois lados da situação. A foto acima é de um dos ratos lá de casa na gaiola “hospital” - outro item essencial!

Enfim, o grupo Rattaria Brasil é para dúvidas e troca de experiências. Somente e tudo isto: estamos aqui para ouvir como foi a consulta, o atendimento, sofrer junto, apoiar uns aos outros, independente do resultado final. Conforme as regras, não indicamos medicamentos ou tratamentos. A conduta correta de qualquer membro (tanto participantes quando admin) é de indicar a busca por atendimento veterinário, sempre que necessário. Temos, inclusive, uma lista de veterinários como postagem fixa. Tudo pra ajudar a evitar que o pior aconteça e a manter sua colônia de meliantes saudável e contente!

Postado originalmente no arquivo do grupo do Facebook ·QUINTA-FEIRA, 29 DE MARÇO DE 2018 por Danielle CrawShaw.

sábado, 17 de março de 2018

Porfirina



Muitos se assustam achando que seus ratos estão sangrando pelos olhos ou nariz, porém se trata de uma secreção natural. Neste artigo iremos entender melhor sobre o que se trata.

Foto: Natasha Ruschel

A porfirina serve para ajudar a lubrificar os olhos, então não estranhe se seu ratinho acordar com ela em pequenas quantidades, porém mantenha atenção se tiver em excesso, o que ambiente também pode influenciar, seja uma alergia, ou uma doença, mas como identificar se devo me preocupar? É bem simples, vamos começar com uma observação sobre o que pode ter desencadeado. Estresse, má alimentação ou doenças podem ser os motivos de excessos.

Qual é o tamanho do seu alojamento? uma gaiola deve ter por recomendações mínimas 60x60x60 alojando até três integrantes, ratos devem ter companhia do mesmo sexo. Sempre brincamos que um é pouco, dois é bom, três é ótimo e quanto mais melhor, mas sempre respeitando o tamanho respectivo de alojamentoXresidentes (isso podem verificar nas calculadoras que são de fácil acesso no nosso Blog). Um alojamento sem enriquecimento também pode influenciar, então é importante investir es distrações para os ratinhos, seja, canos, potes, redes, tocas e afins.

 Nos certificando que está com companhia e no tamanho adequado vamos a forração, os recomendados são areia de gato (sempre sem cheiro e de preferencia peneirada) seja de argila, mineral, ou de celulose, nunca de sílica pois pode ser tóxica e levar rapidamente os ratos a óbito. Maravalha não é contra-indicada por nosso grupo, porém recomendamos que lave e seque ao sol para retirar o pó, inclusive a troca deve ser mais frequente que as outras forrações, o que faz com que se gaste mais e tenha pouco rendimento, e em caso extremo de algum integrante alérgico pode utilizar papel, sem tinta ou cheiro também, os mais utilizados são higiênico, ou toalha pode ser picado e colocado no alojamento ou mesmo feito um "care fresh" que seria basicamente bater o papel depois de picado e fazer que seque todo para usar como forração. Algumas pessoas preferem privar o contato do rato com o banheirinho usando telas, grades ou estruturas plásticas.

A alimentação é indicada que seja ração, pois fazer uma AN (alimentação natural) não é fácil. As rações indicadas são Equilibrato (que tem melhor aceitação e um preço mais acessível) ou a NuTrópica twister que pode ser encontrada em lojas pets, apesar de alimento para ratos, a labina não é elaborada para pet, o que faz que nesse caso se recorra as três opções anteriores. Fatores gerais que podem influenciar o surgimento de excesso de profirina são estresse por apresentação, alergia a produtos de limpeza ou cheiros fortes, fumantes, petiscos de forma demasiada e etc, daqui para cima você pode corrigir para melhorar essa questão.

Canal lacrimal bloqueado também pode nos assustar com excesso de porfirina. Se foi observado excesso da secreção em apenas um dos olhos pode ter ocorrido de estar irritado por algo que tenha caído neste ou alguma pancadinha com as brincadeiras na gaiola.

Com relação a doenças, podemos agradecer de certa forma, pois porfirina irá nos alertar de que há algo errado e talvez antes mesmo de notar que o rato apresenta sinais de dor, perda de peso, não está se alimentando ou hidratando devidamente, não se limpa ou não se move normalmente pelo alojamento, cheiro forte de urina ou fezes (mesmo com alimentação correta), pêlo arrepiado, apatia e isolamento, ronco no pulmão ou espirros frequentes. Se seu ratinho se enquadra nesse parágrafo procure um veterinário o quanto antes. Ratos tem o metabolismo rápido e podem evoluir para óbito em pouco tempo. No menu do grupo (postagem fixada no topo) nós temos uma lista de veterinários que foi elaborada com a ajuda dos membros, nele há contato de todo o Brasil, caso não tenha sua região pesquise no Google (veterinário exóticos) onde você pode escrever junto a sua região ou mesmo ligar o GPS para que seja informado localização próxima a você.

Caso queira saber mais sobre porfirina:
Ela é produzida na glândula de Harder pelos ratos, é uma substância vermelha secretada por uma glândula que fica no fundo dos olhos. Essa glândula produz lipídios, que são óleos lubrificantes para os olhos, produz melatonina, um hormônio relacionado ao ciclo de dia e noite, ajustando sono e vigília, e produz a porfirina. Ela ajuda a manter os olhos saudáveis e a absorver um pouco da luz ultravioleta que atinge os olhos, protegendo contra exposição exagerada. Na medida que a secreção transborda, são drenadas através das passagens nasais, manchas cor de ferrugem, vermelhas podem ser vistas em torno dos olhos e do focinho, podendo sujar as patas durante a limpeza individual. Quando seca, ela brilha sob luz negra.
 A sua produção pode variar de acordo com a idade, em ratos de 3 meses irá produzir menos que ratos de 20 meses, porém essa condição se reverte e os ratos com dois anos irão produzir menos que os de 20 meses. É importante destacar que pode acontecer de ser sangue, em caso de ácaros os ratos podem coçar até machucar.



O objetivo é ajudar quantas pessoas pudermos, então salve estas e outras imagens rápidas para caso precise instruir alguém ou lembrar de alguma informação :) Não deixe de visitar nosso grupo!

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